MEMORIAL DE EPHIGÊNIO PEIXOTO
Rua Joana Rodrigues da Silva, 120, Jacintinho, Maceió/AL.
Resumo histórico
Inquilinos antigos
INTRODUÇÃO
Ephigênio Peixoto nasceu em
11 de junho de 1900, na localidade do Riachão do Cipó, município de Cajueiro,
no Estado de Alagoas.
Muitas das informações aqui
relatadas foram narradas pelo próprio Ephigênio ao seu filho, Francisco José
Lins Peixoto, pois nada escreveu sobre sua vida. Para entendermos melhor a
origem do Memorial de Ephigênio Peixoto, situado na rua Joana Rodrigues da
Silva, 120, Maceió/AL, vamos iniciar apresentando o resumo histórico do
município de Atalaia, obtido na internet através da Enciclopédia Livre
“Wikipédia”:
A ocupação das terras onde hoje situa-se o
município de Atalaia inicou-se por volta de 1692 por Domingos Jorge Velho, bandeirante
paulista contratado pelo então Governador da Província de Pernambuco Fernão de Souza Carrilho
para destruir o Quilombo dos Palmares. Domingos Jorge Velho
havia recebido do governo português a promessa de uma sesmaria (seis léguas de
terra), como recompensa pela destruição do Quilombo dos Palmares. Com a
destruição de Palmares, e a consequente morte de Zumbi dos Palmares, em 20 de novembro de 1695 o bandeirante
esperou o cumprimento da promessa, e se estabeleceu no atual bairro da Cidade
Alta, de onde ficava de vigilância (atalaia), durante a luta contra os negros
palmarinos. O bandeirante batizou a nova povoação de Arraial dos Palmares.
Lá,
por volta de 1697,
Domingos Jorge Velho mandou construir a Capela de Nossa Senhora das Brotas - a primeira
edificação de Atalaia - santa que considerava como sua protetora. Esta é ainda
hoje a padroeira de Atalaia. Para tentar agradar à Coroa Portuguesa, Domingos
Jorge Velho lhe envia carta comunicando o desejo de que a povoação iniciada por
ele passasse a se chamar Vila Real de Bragança, para que a mesma ficasse sob a
proteção da Casa de Bragança, para que mais rápido se
desenvolvesse. Porém, o pedido foi negado por D. José I.
No final de 1700,
Domingos Jorge Velho morre sem, no entanto, receber da Coroa Portuguesa o
decreto de doação da sesmaria. Apesar do crescimento da povoação, o Arraial dos
Palmares não era reconhecido pelas autoridades. Somente em 12 de março de 1701, o Governador da
Província de Pernambuco recebe Carta Régia determinando a criação oficial do
arraial, porém com o nome de Arraial de Nossa Senhora das Brotas. No entanto,
este nome não caiu no gosto dos habitantes, permanecendo os habitantes
utilizando a denominação Arraial dos Palmares. Somente em 1716, os filhos e a
esposa de Domingos Jorge Velho recebem o decreto que doa a sesmaria onde hoje
localiza-se Atalaia, como recompensa pela destruição dos Palmares.
Durante
o governo do 10.° Ouvidor da Província de Alagoas, Manuel Álvares, os
habitantes do Arraial dos Palmares, por seu intermédio, solicitaram ao governo
português a elevação do arraial à categoria de vila. D. José I atendeu em parte
às reivindicações da população, elevando o Arraial dos Palmares à
categoria de vila, porém, com o nome de Vila de Atalaia, em homenagem ao Conde
de Atalaia, seu amigo particular. Este decreto data de 1 de fevereiro de
1764, considerada a data de sua fundação. Foi a quarta vila criada em Alagoas,
depois de Porto Calvo, Marechal Deodoro (antiga Alagoas) e Penedo.
Usina Brasileiro
O
desenvolvimento da economia açucareira alagoana aumentou em 1892, com a
construção da 1ª usina de açúcar em Alagoas – a Usina Brasileiro – instalada no
município de Atalaia, por uma firma particular e sem a ajuda do governo. Seu
fundador foi o francês Baron du Saint Siége Félix Eugène Wandesmet, o Barão de
Vandesmet, e como era conhecido. Félix Wandesmet era Cônsul da França no
Brasil. Dono de grande poder econômico construiu a usina em Atalaia ao mesmo
tempo em que construía no Pilar uma destilaria de álcool, cuja matéria prima –
o mel – era fornecida pelos engenhos de açúcar daquele município e de Atalaia.
Além
de possuir grande tino administrativo era o industrial francês um inovador,
criador de novas técnicas. Foi o primeiro a usar em Alagoas a irrigação de
fazendas através de motor a gás pobre (lenha). Instalou um telefone à manivela
para a sua comunicação entre a usina e Atalaia. Introduziu em Alagoas as variedades
de cana de açúcar: Demerara, Barbados e White Transparent. Teve a usina várias
denominações “Usina Brasileiro Félix Wandesmet” desde a sua fundação até 21 de
outubro de 1922, quando passou a se chamar “Usina Brasileiro Wandesmet &
Cia”. A sua primeira moagem se deu a 18 de janeiro de 1892, debaixo de grande
regozijo para uns e tristezas para outros – os Senhores de Engenhos – que viram
ruir de repente o seu poderio, tornando-se destarte, simples fornecedores.
A sua
instalação primitiva coube à responsabilidade do mecânico João Siqueira, pai
dos jornalistas atalaienses Valdir e Valmir Calheiros de Siqueira. Montada
inicialmente com um motor de 90 HP e 8 turbinas, sofreu reformas em 1905
passando a moendas de tríplice pressão – três motores de explosão a óleo
diesel, de fabricação inglesa (Blackstone) e dois de fabricação tcheca,
(Esokad) comprados a COTRIMONTE. A instalação destes motores coube ao mecânico
João Monteiro Malheiros, conhecido por João Dezenove, por ter perdido um dedo
da mão por acidente.
Na
primeira moagem a safra foi de 4.000 sacas de açúcar, atingindo posteriormente
a mais de 300.000. O açúcar seguia para o Pilar, e daí, em embarcações
lacustres, para o porto de Maceió. Moeu pela ultima vez na safra de 1957/58 com
uma produção de 36.562 sacas de açúcar demerara e 700 de açúcar cristal. O
local onde foi instalada a usina, a menos de dez quilômetros da cidade,
tornou-se um grande centro populoso, na época, e até se tornou ponto turístico,
pois muitos vinham ver a “usina do francês” ou a “industria do Barão”. A
localidade possuía uma feira livre aos sábados e domingos que atraia
comerciantes de outros municípios.
O
progresso desta usina foi tão grande no tempo do seu fundador que foi
considerada a de maior produtividade, na época em todo país. O entusiasmo do
Barão dinamizou a vida socioeconômica e cultural de Atalaia. As festas
natalinas que ali se realizavam atraiam gente de quase todo Estado. Os vagões
de trem da usina eram postos à disposição para o seu transporte. Neste período
o folclore em Atalaia tomou grande impulso, vivendo a sua fase áurea,
especialmente o guerreiro, a chegança, a cavalhada e pastoril. Morreu Félix
Vandesmet em 1932, na usina Brasileiro.
Com a
morte do Barão a usina passou a ser administrada por Paulo Decapot e o
engenheiro Oscar Berard, sendo dois dos seus seis filhos, Malembranche e Agenor
Berard Carneiro da Cunha, os maiores mandantes. Em 1933, Oscar Berard, já dono
da Usina Rio Branco (União Agrícola Usina Rio Branco), conhecida por Usina
Estrada Branca, por ficar situada no povoado Estrada Branca, deste município,
comprou a Usina Brasileiro. Em 1941, Grupo Celso Piat e Carlos Piat compra a
Usina Brasileiro. Não safrejou nem uma vez nas mãos deste grupo; havia muitos
credores e a negociação ficou pendente. Em 1942, entra em litígio. Em 1965, os
Berard requerem ação de sequestro e a justiça concedeu, nomeando um depositário
judicial, o Sr. Antonio Carlos de Morais. O Banco do Brasil foi um dos seus
grandes credores depositários.
Em 1º
de dezembro de 1933 passa a usina às mãos dos Berard e a firma muda para Usina
Brasileiro Oscar & Cia”e em 1941 já em poder do Grupo Piat, denominou-se
“Usina Brasileiro de Açúcar e Álcool S.A.” com o qual chegou a seu fim em 1958.
Conta-se que logo após a morte do Barão as coisas mudaram para os operários.
Eles passaram a ser mal remunerados e demitidos em massa. Um destes sofredores
vaticinou: “de agora em diante esta usina há de crescer como borracha no fogo,
e o seu telhado há de ser coberto de mato”. Além da Usina Brasileiro, Atalaia
possui outras cinco usinas açucareiras: a Usina Uruba,
fundada em 1907 pela Família Peixoto, vendida em 1976 para o Grupo João Lyra, é a única
ainda em funcionamento no município; a Usina Ouricuri, no povoado de mesmo
nome, fundada em 1921, pertencia a tradicional família Tenório, faliu em 1991;
a Usina Vitória do Cacaú, da família Moarais, em 1956, moeu apenas por duas
safras; as Usinas São José e Rio Branco, dos irmão Decaport, que fecharam as
usinas quando compraram a Usina Brasileiro.
O texto acima tem muito a ver com a
vida de Ephigênio Peixoto, pois o seu pai, meu avô, foi segurança da Usina
Brasileiro e muito estimado pelos Wandesmet. Conta-se que ele tinha muita força
física e muito controle emocional. Segundo meu pai, o meu avô, que tinha a
alcunha de “José Nenen”, teve uma congestão ficando parcialmente inválido. Por
isso Ephigênio, com apenas 8 anos de idade, teve que assumir a família
trabalhando nos triplos efeitos da usina, ao lado dos adultos. Ele tinha 3
irmãs: Maria, Olívia e Carmelita, e 1 irmão. A Olívia e o irmão faleceram ainda
muito jovens. José Neném tinha uma maneira sua de se dirigir aos seus
interlocutores, dizendo calma e pausadamente: “Hein sinhô”. Uma vez vieram
chamá-lo porque um negro forte estava provocando brigas. Ele foi ter com o
algoz e disse: “hein sinhô, para eu lhe dar umas tabicadas, precisa me
adular?”. O mesmo aconteceu com o próprio irmão dele: vieram dizer a ele que o
irmão tinha tomado umas cachaças e fechado a rua. Meu avô procurou calmamente
uma boa vara no mato e foi ter com o irmão valente. Deu-lhe uma surra daquelas,
a ponto do irmão sair da cidade e até hoje não se sabe o destino dele. Zé Nenen
tinha a fama de bom atirador, se bem que meu pai garantiu que ele nunca atirou
numa pessoa, pois bastava um aperto de mão para o sujeito desistir de enfrentá-lo.
Assim meu pai narra que ele sempre tinha caça para comer e que viu uma vez ele
atirar num pássaro em vôo e acertou. Outra história que meu pai sempre contou
com convicção foi o dia em que vieram convocá-lo porque um touro estava
atacando tudo que via pela frente, a ponto das portas das casas ficarem
fechadas e todos se escondiam. Ephigênio conta que sempre estava ao lado de seu
pai e assim segui-o até o lugar onde estava o animal, escondendo-se num local
seguro, mas de onde podia ver tudo. O touro partiu na direção do José Nenen e
este esperou até o mesmo chegar a uma distância conveniente, então disparou um
único tiro e o animal veio cair quase a seus pés. Outra façanha do Zé Nenen foi
o casamento com a Chiquinha. O futuro sogro disse que primeiro casaria a mais
velha, e era o costume da época, audaciosamente ignorado pelo meu avô.
Como não disponho de documentos,
tenho que recorrer à memória e a deduções a partir de alguns dados. Por
exemplo, meu avô faleceu quando eu tinha cerca de 2 a 3 anos. Isso porque meu
pai me suspendia sobre a cama onde estava meu avô, já completamente sem
movimentos, para que ele pudesse ver o neto. Isso para mim era extremamente
desagradável. Como nasci em 1945, calculo que meu avô faleceu em 1948,
aproximadamente. Meu pai sempre afirmou que José Nenen falecera com 82 anos,
logo ele deve ter nascido por volta de 1866. Então ele tinha a idade de 26 anos
quando a Usina Brasileiro foi inaugurada, o que é bastante razoável, inclusive
formou família a partir daí, já que Ephigênio nasceu 8 anos após e a irmã mais
velha, Maria (Nenzinha), nascera um pouco antes. Uma vez perguntei a meu pai se
éramos descendentes de Floriano Peixoto. Ele respondeu taxativamente que não,
acrescentando que meu avô viera de Garanhuns. Ainda não visitei as ruínas da
usina, nem fui a Garanhuns em busca de batistérios nas igrejas, mas ainda tenho
esperança de obter algumas informações fidedignas. Essa irmã mais velha casou
com um cidadão conhecido por “Né”, que não tinha boa saúde. Não tiveram filhos e
logo ela ficou viúva. A sogra dela tinha muitas terras e muitos filhos, porém
naquela época a viúva só herdava se tivesse filhos. Isso era motivo de pequenas
discussões com minha mãe, que sempre dizia: “Ephigênio, deixa as coisas dos
outros para lá”, até que ele nunca mais falou no assunto. Algumas histórias ele
ainda contou da época de sua infância e adolescência, como por exemplo: Ele
falava com muita alegria de como as freiras francesas da usina o ensinou as 4
operações, a ler e escrever manuscritos. Ele fazia questão de contar que elas
sentavam e forravam com o hábito a grama para que ele pudesse se deitar. Uma
vez um senhor idoso e conhecido dele quebrou completamente o carrinho de
brinquedo dele, mas ele aprendera dos pais que era obrigado a respeitar os mais
velhos e ao mesmo tempo achou que o velho queria testá-lo. Então ficou quieto e
foi para casa. Dias depois, o velho o presenteou com outro carrinho muito
melhor do que o que quebrara e ainda o elogiou. Ele contou também que o irmão
mais moço era muito brabo chegando um dia a atirar um carvão de locomotiva e
atingindo Ephigênio num dos olhos, quase o cegando. Assim meu pai se consolava
dizendo: “Foi melhor Deus o ter levado ainda criança”. Meu pai sempre dizia que
não confiava em boi, pois é o animal mais ligeiro que já vira. Uma vez ele
estava na cerca de um curral com outras pessoas e um senhor chamado Porongaba,
já alcoolizado, subiu na cerca para enfrentar o boi que ali estava. Todos
pediam para que ele não fizesse isso. Ele estava pronto para pular para dentro
do curral quando o boi partiu e só se viu a freada dele junto á cerca. O velho
Porongaba deu um urro e desmaiou. A sorte é que ele caiu para o lado de fora.
A
vinda da família para Maceió
Após a narração dele sobre assumir a
família com a idade de 8 anos e a vinda para Maceió demorou aproximadamente 1
década, quando ele atingiu a maioridade. È certo que não ficou trabalhando na
usina o tempo todo, uma vez que ele contava que fazia de tudo, fazia sapatos,
cuidava de cabras, plantava etc. Aqui em Maceió, ele já tinha um primo bem
situado, Oscar Peixoto, que tinha uma vacaria no vale do Reginaldo. Outro
motivo para minha mãe incutir a idéia de que ele não devia contar com as coisas
dos outros, pois meu pai se lamentava porque esse primo rico não o ajudou, mas
minha mãe sempre conseguia demovê-lo desses pensamentos e ele acabou não
falando mais do assunto. O pai do Oscar Peixoto morreu devido ao alcoolismo,
portanto todos eram alcoólatras, inclusive meu avô, que deixou completamente a
bebida depois da congestão. Ephigênio contava que um dos tios dele, já no leito
de morte, pediu aos parentes que o circundavam que trouxesse uma bacia com
cachaça para lavar os pés. Esse pedido não foi atendido porque se sabia que a
finalidade era outra. Parece que isso tudo foi suficiente para meu pai tomar a
decisão de nunca consumir bebida alcoólica ou cigarros. Mais concretamente, eu
aceitei esse ensinamento dele.
Em Maceió, ele foi trabalhar com uma
carroça de burros e lidava com o animal magistralmente. Conseguiu uma casa
velha e mal-assombrada para dormir, apesar de todos dizerem que ninguém ficava
ali. Ele se acomodou para dormir e lá pelas tantas da noite ouviu um barulho
forte e estranho em cima da casa. Acendeu o candeeiro e subiu numa escada para
ver o estava acontecendo por cima do forro da casa. Era apenas um casal de
cassacos no cio. Acho graça e voltou para dormir. Apesar de não ter a
cronologia dos fatos, ele conta que o último trabalho foi na Companhia dos
Bondes de Maceió, na Praça Sinimbu. Começou como ajudante nas oficinas e
terminou como motorneiro. Uma aventura nessa profissão foi que ele atropelou um
cidadão e este foi ficar encolhido bem próximo à roda do bonde, depois de
freado. Ephigênio foi ver e pediu para que ele não se mexesse. Foi buscar o
macaco, levantou o bonde naquele ponto e o homem saiu ileso. Outra vez um
passageiro insatisfeito começou a desafiá-lo para a briga, mas meu pai disse
para ele: “Negro, quem te come é a onça” e se evadiu. Os circunstantes cuidaram
de segurar o agressor. Meu pai sempre dava esse conselho – nunca se envolver
com coisas inúteis. Outra história é a de uma passageira na linha de Bebedouro.
Era noite e o bonde estava em alta velocidade. Quando meu pai olhou para trás,
ela não estava mais. Era a única passageira naquela hora. Ele seguiu para o fim
da linha e quando retornava viu uma multidão obstruindo a linha do bonde no
local onde a mulher desaparecera. Ele não pensou duas vezes, puxou o manche do
bonde para a velocidade máxima produzindo um ronco característico e avançou.
Quando chegou perto, só viu gente pulando para todos os lados e só parou quando
chegou à garage. Depois ele soube que a mulher se desculpou dizendo que tudo
passava tão rápido que admitiu já ter passado do local onde morava e num gesto
desvairado pulou do bonde. Ele explicava que no início a graduação da
velocidade era em 8 pontos, que depois passou para 12 pontos, porém com
velocidade final bem menor que a anterior. Nessa companhia, ele fez vários
amigos. De um deles ele comprou uma bicicleta importada e muito antiga, aro 28,
na qual ele me levou á Fernão Velho para um passeio. Esse amigo chamava-se Gila
e nós sempre o visitávamos na esquina da Rua da Arueira com a Buarque de
Macedo.
O
Departamento dos Correios e Telegrafo (DCT)
Ele se preparou para o concurso
público para os correios de Maceió, em 1925, que exigia o que ele mais sabia
fazer: as 4 operações e a leitura de manuscritos. O resultado é que foi
aprovado em segundo lugar. A partir daí a sua vida deve ter mudado completamente.
Em 1928, ele obteve a escritura pública de uma casa à rua Cap. Samuel Lins,
180, bairro do Farol, onde foi morar com sua mãe, Francisca Machado, uma irmã
de sua mãe, Clarinda Machado, solteirona, e sua irmã viúva, Nenzinha, com mais
duas moças que a irmã criava: Ivonete e Doralice. Ele disse que pelo menos teve
uma vantagem, a de ser sumariamente descartado de ir para a guerra por ser
arrimo de família.
Nessa época, começou a se delinear
os limites do sítio, a partir de algumas posses que ele foi aos poucos
adquirindo, ou seja, casas de palha de pessoas que queriam sair dali. Começou a
arrancar os tocos e preparar a terra onde plantou inicialmente cerca de 450
jaqueiras e 350 mangueiras. Ele conta que nasceu um filho seu, Benedito, mas
que logo faleceu. Meu avô ia para o sítio e trabalhava o dia todo até voltar
para a casa 180, da Rua Capitão Samuel Lins, ao anoitecer. Na década de 30 ele
tentou um relacionamento duradouro com outra pessoa e nasceu o meu irmão, Luiz
Peixoto, mas essa companheira o rejeitou. Então ele foi procurar uma esposa na
fila da comunhão da igreja do Rosário e encontrou minha mãe. Já havia parte da
casa grande do sítio construída: sala, quarto pequeno, sala de jantar, cozinha
e banheiro. Eles se casaram em 1940. Minha mãe, filha de senhor de engenho,
residente num sítio que ia da av. Fernandes Lima à rua dos Capuchinhos, foi
morar no Jacintinho com um ex-carroceiro. Essa foi uma das grandes virtudes de
minha mãe – a simplicidade de alma e coração. Ela nunca teve empregada
doméstica. Em 1943, nasceu minha irmã, e eu em 1945. Já encontramos a casa com
mais um quarto e uma sala grandes, No quarto grande dormia o casal, numa cama
de amarelo vinhático que pertencera a minha avó materna. A sala grande era o
escritório do meu pai e onde eu dormia. O quarto pequeno ficou para minha irmã.
Convivemos com esse hábito de trabalhar que ele tinha, levantando-se antes do
sol nascer, chegando do correio já com as cartas distribuídas antes do almoço e
trabalhando o resto do dia no sítio. Passou a construir sempre mais um casebre
de taipa e cobertura de palha em volta do sítio. O aluguel era semanal e servia
para ele ir comprando telhas e tijolos, que aos poucos ia melhorando os
aluguéis.
Mostramos quatro documentos de
Ephigênio Peixoto referentes à atividade de carteiro em Maceió, fornecidos pela
minha irmã, Rita Eugênia Peixoto Braga. Esses documentos estão em forma de
anexos no final deste volume. O primeiro deles, de 22 de março de 1927, trata
da nomeação de Ephigênio Peixoto para o cargo de carteiro de segunda classe,
nos seguintes termos:
GABINETE
DO
MINISTRO DA VIAÇÃO
249
Rio
de janeiro, 22 de março de 1927
Sr. EPHIGÊNIO
PEIXOTO
Em resposta à
vossa carta de 7 de janeiro último,
o Sr. Ministro manda
que vos comunique haverdes sido nomeado
carteiro de 2ª. Classe
da Administração postal desse Estado,
conforme havíeis
requerido à S. Exa.
Saudações
Hermes Fontes
Oficial de Gabinete
O segundo
documento trata de uma licença para tratamento de saúde, datada de 16 de
janeiro de 1937, nos seguintes termos:
DEPARTAMENTO DOS
CORREIOS E TELEGRAPHOS
O Director do Pessoal usando da
attribuição que lhe confere o art. 26, n.4, do Regulamento approvado pelo
Decreto n.20.859, dee 26 de dezembro de 1931, resove
conceder seis mezes de licença, para tratamento de saúde, ao
carteiro de segunda classe da Directoria Regional dos Correios e Telegraphos de
Alagoas – EPHIGÊNIO PEIXOTO – com vencimentos, nos termos do artigo 1o,
paragrapho único, do Decreto n.42, de 15 de Abril de 1935, com o praso de 30
dias para ser iniciada.
Rio
de Janeiro, 16 de Janeiro de 1937.
“ 69.683/36”
AN
O terceiro documento é o seguinte:
O Presidente da
república
Resolve, de acordo com o art. 1o,in
fine,
das Disposições Transitórias da lei
no 284, de 28 de ou-
tubro
de 1936, expedir o presente decreto a EPHIGENIO
PEIXOTO,
que exerce, effectivamente, o cargo de carteiro
Da
classe “D”, do Quadro XXVII do Ministério da Viação e
Obras
Publicas, cargo este anteriormente denominado Car-
Teiro
de 2ª. Classe da Directoria Regional dos Correios
E
Telegraphos de alagoas, para o qual fora nomeado em
29
de Janeiro de 1927.
Rio
de Janeiro, em 29 de janeiro de
1938,
117o da Independencia e 50o da Republica.
Referencia:
Processo n. 21481 de 1937.
O quarto
documento trata de uma promoção:
O Presidente da
Republica:
R E S O L V E promover por
merecimento, de
Acordo
com o artigo 47 do Decreto-lei n. 1713, de 28 de outu-
bro
de 1939, Efigenio
Peixoto do
cargo
da clase D da carreira de carteiro, do Quadro III – Par-
te
Suplementar – do Ministério da Viação e Obras Públicas ao
cargo
da classe E dessa carreira, vago em virtude da aposenta-
Doria
de Oswaldo da Costa.
Rio
de janeiro, em 31 de agosto de
1944;
123o da Independência e 56o da República.
Referência:
processo n. 21283 * 21.SET.1944
EPS/TSS/15.
Inquilinos Antigos
Edna, inquilina da casa 40,
da rua Triunfo.
Edna e José em Jacarecica, no dia 18/03/12.
Edna
foi inquilina da casa 40 da rua Triunfo. No dia 18/03/12, me dirigi à casa da
Dudé (irmã da Edna), na rua Triunfo. A Dudé indicou a casa de sua filha,
Dirlene, e o neto, Neno, nos conduziu até à casa da Dirlene, na rua São
Francisco. Ela chamou seu filho, Diego, para nos levar à casa da Edna. O outro
filho dela, Diogo, com 18 anos de idade, convive com uma companheira que tem 3
filhos e está esperando outro filho. Fui acompanhado também do José, irmão da
Josilânia, que aparece na foto com a Edna. Ela contou que nasceu em 20/09/46,
tem 2 filhos portadores de deficiência, 2 filhas gêmeas e mais outro filho. Em
1964 ela se juntou com um companheiro e foi morar na casa 40 da rua Triunfo. Foi
abandonada pelo companheiro e continuou morando só. Mudou-se para próximo de
sua irmã, Dudé. Todos os seus filhos nasceram depois que ela saiu da casa 40 da
rua Triunfo.
No
dia 30/12/12, estivemos novamente em sua residência e tiramos fotos do seu
filho caçula, Williams José dos Santos, nascido em 13/07/88, da sua filha
Aldenisse Maria da Conceição Salvador, nascida em 24/08/77. Estava também na
residência uma neta da Edna, Joyce, filha da Aldenir. O primeiro filho, Marcos
Antônio Salvador (09/07/74), tem 5 filhos e foi adotado por Edna. O mesmo
ocorreu com Márcio Antônio Salvador (24/12/86), que reside no bairro do
Eustáquio Gomes.
A
nossa pesquisa visava determinar o período em que Edna foi inquilina da casa 40
da rua Triunfo e obtivemos a primeira informação, da própria Edna, de que ela
chegou na casa em 1964. No dia 31/12/12, estivemos na Trav. Triunfo, antigo
“Beco da Febre” e encontramos D. Amara. Ela disse que Edna residiu na casa 51
dessa Travessa e que está bem lembrada do nascimento do Marcos Antônio Salvador
pois seu filho, também Marcos, nasceu no dia 29/06/74, e que poucos dias depois
nasceu o filho da Edna. Ela também disse que, tempos depois, a Edna veio morar
na casa 114 dessa Travessa. A filha Aldenisse afirma que fez aniversário de 13
anos quando morava na rua Júlio Alto, potanto em 1990, e que em seguida foi
morar na casa do sr. Antônio “Corcunda”, onde administraram um bar. O
ex-vereador comunitário, Benício, residente na rua Triunfo, confirmou que o
companheiro da Edna era um pedreiro, Manoel Antônio Salvador, conhecido pela
alcunha de Manoel “Urso”, faleceu quando o casal morava provavelmente na rua S.
Bento. Edna também informou que morou nessa rua, próximo à padaria BomSucesso.
Conversando com D. Severina, vizinha da Marluce no Beco da Febre, ela confirmou
que o casal Edna e Manoel residiram no Beco da Febre.
Maria
Anunciada da Silva(Lena), filha do Manoel “jardineiro, foi inquilina nas casas
8 e 28 da rua Triunfo.
Em
14/05/12, fomos até à sua residência, no Conj. Hélio Vasconcelos, Q. 15/71,
bairro do Forene, onde ela relatou um pouco de sua convivência nas casas de
aluguel de Ephigênio Peixoto.
Segundo
a mesma, o seu filho, Rubens, nasceu em 1963, na casa onde residia os pais da Maria
Anunciada. Nessa mesma casa nasceu em 1965 o seu segundo filho, Sérgio. Vilma.
e Marcelo nasceram em 1968 e 1970, respectivamente, na casa 8 da rua Triunfo,
que era alugada ao sr. Ephigênio Peixoto. O seu quinto filho, Marivaldo, nasceu
em 1971 na casa de número 28 da rua Triunfo, também alugada ao sr. Ephigênio
Peixoto, e onde reside atualmente a inquilina Maria Antônia. Por último, nasceu
a sua filha Marcileide, em 1972, na usina Bititinga. Em 1973, ela voltou a
alugar a casa 8 onde permaneceu por cerca de 2 anos. Ainda em 1976 e 1977, ela
alugou a casa 20 da rua Triunfo, também pertencente ao sr. Ephigênio Peixoto.
Nos
anos de 1971 e 1972, Helena lavava roupa para a filha do sr. Ephigênio, Rita
Eugênia Peixoto Braga, na residência da mesma, à rua Cônego Machado, 717,
Farol.
Visita ao casal Sônia e Valdenor – 04/07/12
Este
casal reside na Rua Joana Rodrigues da Silva, 209, no imóvel que pertencia aos
antepassados de Sônia. A mãe do Valdenor veio de Riacho Doce para morar no
Jacintinho na década de 1950. O que se apurou numa visita ao casal no final da
tarde do dia 04/07/12 é que Cícera Maria da Conceição, mãe de Valdenor, residiu
na casa de número 26-B da Rua Triunfo, onde atualmente está ocupado pelo nosso
inquilino José Sampaio.
Sônia,
nascida em 04/11/52, contou que já namorava Valdenor quando ela tinha 12 anos
de idade. Nessa época, ela já visitava a futura sogra na casa de número 26-B da
Rua Triunfo, portanto isso corresponde ao ano de 1964. Valdenor, nascido em
12/02/43, casou-se com Sônia em 11/07/72 e foi morar no outro lado da Rua
Triunfo, próximo à residência atual do casal Carlos e Ana. Ela lembra que
sempre visitava a sogra do outro lado da rua. Ali nasceram os seus primeiros 3
filhos: Jackson (12/05/73), Maria da Conceição (29/06/74) e Jardi (02/05/75),
sendo que este último faleceu 2 dias após o nascimento.
Conclui-se
do exposto acima que esta inquilina de Ephigênio Peixoto residiu na casa de
número 26-B da Rua Triunfo pelo prazo de, pelo menos, 11 anos. No dia da
entrevista, chegou ao local uma irmã de Valdenor, Maria José de Carvalho
(Zeza), nascida em 01/03/62, que confirmou os depoimentos de Sônia e Valdenor.
Respondendo à nossa pergunta, Sônia, Valdenor e Zeza disseram que todos os
inquilinos pagavam os aluguéis a Ephigênio Peixoto e não havia dúvida quanto a
isso. Zeza acrescentou que as vezes ia levar o dinheiro do aluguel da casa 26-B
na residência do proprietário, quando tinha cerca de 8 a 10 anos de idade, e
que só deixava o dinheiro se ele entregasse o recibo imediatamente. Relatou que
tivera diversos incidentes com o proprietário porque gostava de andar no sítio
e subir nas árvores.
Eles
também disseram que um senhor chamado Ismael, morou na casa de número 40 da Rua
Triunfo na qualidade de inquilino de Ephigênio Peixoto, durante muitos anos.
Confirmaram também conhecer maria Anunciada da Silva (Lena), filha do Manoel
Jardineiro, e que esta residiu nas casas de números 8 e 28 como inquilina.
O casal Manoel e Tereza, e
Ramos, foram inquilinos nas casas do sítio.
Manoel e Tereza negociam com frango
abatido na hora, além de um mercadinho. Eles disseram que foram inquilinos de
Ephigênio Peixoto na rua das Jardineiras. O irmão de Tereza, José Ramos, foi
inquilino na casa 114 da rua Joana Rodrigues da Silva. Ela disse ainda que quem
recebia os aluguéis era o ex-engenheiro da CEAL, Talvanes Silva Braga, genro do
sr. Ephigênio Peixoto.
Cleide, irmã do Giovani, foi
inquilina na casa 120.
No dia 03/05/12, confirmei com o
Giovani, em sua residência, à rua Joana Rodrigues da Silva, 63, que sua irmã,
Cleide, foi inquilina na casa 120 da rua Joana Rodrigues da Silva. D. Rosa, que
é vizinha do Giovani (casa 67 A da foto) confirma que foi vizinha da Cleide,
pois também foi inquilina de Ephigênio Peixoto na casa 114 da rua Joana
Rodrigues da Silva. Ela inclusive cita detalhes dos pagamentos dos aluguéis,
como por exemplo: ela pedia um coco quando ia pagar o aluguel, mas Ephigênio
dizia que os cocos eram para vender e nunca deu um coco a ela. Disse também que
as vezes atrasava um pouco o pagamento e Ephigênio logo pedia a casa, mas ela
insistia que ia pagar e ele dava mais um prazo.
Quitéria Fidelis Souza da Silva, filha dos inquilinos
da rua Triunfo, 8
Quitéria reside em São Paulo, mas
tem vindo à Maceió por causa do estado de saúde de seu pai, Manoel Fidelis, que
veio a falecer no dia 17/01/13. Quitéria confirmou que seus pais moraram também
como inquilinos na casa vizinha á casa 14 da rua Joana Rodrigues da Silva. Ela
conta que conheceu Ephigênio quando ela era ainda criança. O irmão dela,
Daniel, que também mora em São Paulo, disse que seus pais foram inquilinos na
casa 40 da rua Triunfo, além dessa casa, eles também foram inquilinos na rua
Joana Rodrigues da Silva e, finalmente, na casa 8 da rua Triunfo, onde seu pai
veio a falecer. Ele disse que seus pais chegaram aqui quando ele tinha 6 ou 7
anos. Como ele tem atualmente 49 anos, deduz-se que os pais alugaram a casa 40
por volta de 1970.
Alaíde, filha de D. Rosa, ex-inquilina da casa 114 da
rua Joana Rodrigues da Silva.
Alaíde esteve em nossa casa em
16/01/13 e confirma que sua mãe foi inquilina de Ephigênio Peixoto na casa 114
da rua Joana Rodrigues da Silva.
Ela disse que se casou em 1974 e foi
morar na casa da Juraci, na rua Triunfo. A casa da Juraci é a atual casa do sr.
Domingos. A filha nasceu em 02/12/75. Nessa época sua mãe foi morar na casa 114
da rua Joana Rodrigues da Silva. O filho nasceu em 1982 e tinha 4 anos quando
ela foi morar na Chã da Jaqueira, portanto ela se mudou do Jacintinho para a
Chã da Jaqueira em 1986. Ela disse também que houve uma outra inquilina, D.
Amália, que morou numa casa próxima à da mãe dela (casa 114). Esta Amália
fretava ônibus para o Juazeiro e atualmente mora no Reginaldo.
Alaíde também morou na casa da Bibi,
na rua Triunfo, e quando a filha dela tinha 3 anos (1977 ou 1978), ela vinha
brincar na casa da avó, que era inquilina da casa 114 da rua Joana Rodrigues da
Silva. Isto confirma a lembrança do Giovani de que ele fazia um curso no SENAI,
nessa época, quando sua irmã foi inquilina da casa 120 da rua Joana Rodrigues
da Silva. D. Rosa, mãe de Alaíde, foi a primeira a dizer que a irmã do Giovani,
Cleide, foi vizinha dela quando ela estava na casa 114.
Rita e Amália, inquilinas da casa 120, rua do Arame
No dia 13/04/13, ao ficar vigiando a
alvenaria feita na casa 14, pois alguém já havia demolido, aproveitando a nossa
hora de almoço, o que havíamos feito na parte da manhã, pude conversar com a
vizinha que mora em frente á casa 14 da rua do Arame. Ela nos contou que quando
morou na casa 114 teve como vizinhas Rita, Amália e Cleide. Apesar de ainda não
ter me entrevistado com a Cleide, já se considera um caso confirmado por ser
irmã do Gil e pela abundância de testemunhos. Pretendemos entrevistar
familiares da Amália, pois já temos o número do telefone de um filho dela. No
caso da Rita, pudemos já localizar alguns parentes, isso facilitado por ela ser
irmã do Paulo “soldado”, muito conhecido popularmente. No dia 14/04/13, falei
com o Manoel “dos porcos” e ele confirmou a existência da Rita, nos fornecendo o
endereço de um dos filhos dela, Pedro (Peu), que mora próximo à nossa casa.
Passei na frente da casa dele e vi uma senhora lavando a calçada. Ela me
informou que era cunhada do Pedro e que a Rita ainda estava viva, embora tenha
amputado as duas pernas. Ela ainda disse que uma irmã do Pedro, também chamada
Rita era dona de uma escolinha na rua Manoel Porciúncula, Jacintinho. Assim
iremos continuar nossa pesquisa, colocando aqui os resultados para consulta de
todos.
Olá Francisco. Quero primeiramente dizer que gostei bastante da leitura, principalmente das primeiras partes.
ResponderExcluirGostaria de deixar o que seria algumas pequenas contribuições. O último parágrafo sobre a Usina Brasileiro é um tanto confuso com a sequência dos fatos fora da ordem cronológica.
Depois, quando você narra a vinda de seu pai à Maceió, não fica claro que junto a ele vieram seu avô, avô, tias e outros. Estes fatos só se esclarecem nos parágrafos seguintes. Eles poderiam ser mencionados antes, pois ao ler, fiquei me perguntando o que acontecera com eles após a vinda de seu pai.
Ah, mais uma coisa. O texto sobre os inquilinos é um tanto cansativo, pois apresentam rapidamente muita gente. Mas acho que não há muito por fazer, e penso que eles fazem bem seu papel histórico.
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